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Uma equipa de investigação da Universidade de Kentucky, nos EUA, conseguiu inibir os biomarcadores da doença de Alzheimer, num modelo animal, bloqueando células neurais críticas – os astrócitos. Este tipo de células são as mais abundantes no cérebro e desempenham um papel importante na manutenção do tecido nervoso saudável.

O estudo publicado no «Journal of Neuroscience» fornece evidências directas que os astrócitos podem desempenhar um papel nocivo neste tipo de condição, ou seja, apesar do seu conhecido papel protector, em doenças neurodegenerativas, como Alzheimer, apresentam alterações físicas – conhecidas como “activação de astrócitos”.
O aparecimento desta activação nas primerias fases da doença de Alzheimer sugere que contribuem para o surgimento ou manutenção de outros marcadores patológicos da doença, incluindo neuro-inflamação e acumulação de placas amilóides.

Os investigadores modularam directamente o estado de activação dos astrócitos no hipocampo de ratos, utilizando uma de terapia genética. Os animais receberam a terapia ainda em idade muito jovem, antes do desenvolvimento de placas amilóides. Foram avaliados dez meses depois tendo em conta a presença de uma variedade de biomarcadores relacionados com Alzheimer.

A equipa descobriu que se inibirem a activação destas células conseguem atenuar a função da microglia (células da neuróglia que interferem na neuro-inflamação), reduzindo os níveis de amilóide tóxicos, melhorando a função sináptica e a plasticidade e preservando a função cognitiva.

Chris Norris, líder da investigação, e seus colegas sugerem que abordagens semelhantes poderiam ser desenvolvidas para o tratamento de seres humanos que sofrem de Alzheimer, ou, até mesmo, de outras doenças neurodegenerativas.

 

​Retirado de: Ciência Hoje   http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=56468&op=all